Davi Junior
RESENHA: : O Incrível Hulk (2008)
Atualizado: 17 de mai. de 2019

Desde os primórdios, a luta pela sobrevivência fez o homem agir de maneiras que nunca nem a mais cobiçosa das mentes poderia ter imaginado. O Incrível Hulk mostra como o ser humano é capaz de realizar a mais medonha das maravilhas e superar até mesmo a mais impensada das ilusões humanas.
Para aqueles que acharam que após o fracassado filme de 2003 de Ang Lee, Hulk não teria novas chances na tela grande caiu do cavalo quando foi anunciado um filme do herói verdão com nomes de peso, como Edward Norton e Liv Tyler, no elenco e, para a alegria dos fãs brasileiros, com diversas cenas gravadas no Rio de Janeiro.
Diferente de seu predecessor, O Incrível Hulk conseguiu o feito de agradar os fãs dos quadrinhos do herói, despertar o interesse de quem não gostou da versão de 2003 e ainda não deixar na mão aqueles que aprovaram o primeiro longa, criando um roteiro que, mesmo criando uma ambientação totalmente diferente, propõe diversas analogias com o filme anterior.
O loga conta a história de Bruce Banner, o genial cientista que, diferente dos quadrinhos, foi enganado pelo exército americano ao desenvolver uma pesquisa, resolveu testar sua experiência em si mesmo e acabou sendo irradiado por raios gama que o transformam em uma brutal fera verde e incontrolável quando fica nervoso.

Refugiado no Brasil (o mesmo lugar onde ele fugiu no fim do filme anterior), o filme não perde tempo mostrando a origem do herói, focando-se nas fugas e em seus embates com o exército pelas ruas da Favela da Rocinha e contando seu passado em curtos flash’s. A decisão do diretor foi acertada não apenas por não perder tempo com um tema já explorado poucos anos no cinema, mas também pela popularidade de Hulk não necessitar de tal explicação, tanto para os mais fanático por quadrinhos, como para o público casual, dada a popularidade do herói.
Preocupado em extirpar o poder dentro de si, Bruce Banner descobre, no decorrer de erros e acertos dele mesmo, de sua namorada Elizabeth Ross, do próprio exército americano e de um encontro nada agradável com o Abominável, alter-ego do soldado Emil Blonsky que se tornou uma máquina de matar após unir duas das experiências de mutação do exército, que o monstro dentro de si pode deixar de ser a arma de matar perfeita para ser um instrumento de paz.

Contado de maneira emocionante e de tirar o fôlego, o filme impressiona os olhos mas não o cérebro. De maneira quase didática, o diretor Louis Leterrier contou a história de um monstro gigante que ganha consciência e apaga a imagem deturpada que o filme de 2003 criou para o herói para que Hulk pudesse fazer parte de um projeto audacioso do Marvel Studios começado em Homem de Ferro (leia a resenha aqui) no mesmo ano: como em uma história em quadrinhos, somar várias histórias de personagens aparentemente sem ligação direta entre si para criar o maior super grupo do universo Marvel nos cinemas.
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